O trabalho, conduzido por colaboradores do CEFAC em parceria com o Departamento de Patologia da UFC, foi publicado na revista internacional Biomedicines e investigou os efeitos da Ambura cearensis e seus princípios ativos contra o protozoário Leishmania braziliensis, principal causador da leishmaniose cutânea no Brasil.
O que o estudo encontrou?
A cumarina (um dos princípios ativo da Amburana cearensis) apresentou o maior potencial antileishmanicida, reduzindo em até 57% as formas promastigotas (parasitas livres) e 50% das formas amastigotas (parasitas dentro dos macrófagos).
Diferente de medicamentos convencionais, como o Glucantime®, que possuem alta toxicidade, a cumarina não causou dano celular.
Além disso, ela modulou a resposta imunológica, estimulando a produção de mediadores como óxido nítrico (NO), TNF-α, IL-12 e IL-10, que ajudam o organismo a eliminar o parasita, e reduzindo moléculas como a IL-4, que estão associadas à progressão da doença.
E porque isso é importante?
A leishmaniose cutânea afeta milhares de pessoas por ano, principalmente em áreas carentes, e os tratamentos atuais são longos, dolorosos e muitas vezes tóxicos. A descoberta de uma alternativa mais segura, barata e baseada em um recurso natural brasileiro pode representar um grande avanço na saúde pública.
Nossa pesquisa mostra o valor da biodiversidade brasileira e da tradição popular como fonte de inovação. A Amburana cearensis é uma planta nativa que apresentou potencial para tratamento da leishmaniose.
O Laboratório CEFAC está desenvolvendo mais estudos para avaliar o uso de Amburana cearensis e seus princípios ativos para tratamento da leishmaniose!
Para ler o artigo na íntegra, acesse: https://doi.org/10.3390/biomedicines13040979